E se, em vez de jogar fora, a gente consertasse, reciclasse e reutilizasse? Já imaginou se pudéssemos mudar de uma sociedade descartável para uma sociedade sustentável? Pois essa é a ideia da economia circular, uma alternativa à exploração de recursos.
A economia circular fornece uma estrutura que preenche uma lacuna importante nos dias de hoje, que é conciliar o comportamento das pessoas e dos negócios com o nosso planeta.
A Fundação Ellen McArthur define a economia circular como “uma alternativa para redefinir a noção de crescimento, com foco em benefícios para toda a sociedade, o que envolve dissociar a atividade econômica do consumo de recursos finitos, e eliminar resíduos do sistema por princípio”.
De acordo com a instituição, o “modelo circular constrói capital econômico, natural e social e se baseia em três princípios: eliminar resíduos e poluição por princípio, manter produtos e materiais em ciclos de uso e regenerar sistemas naturais”.
O objetivo da economia circular é ambicioso: mudar as etapas do ciclo de vida de nossos produtos e serviços, desde o momento de sua produção até a hora do uso.
Essa força crescente de mudança para uma produção sustentável significa que empresas podem operar de forma mais eficiente, promovendo mudanças positivas e com menos impacto ambiental.
Quando o assunto é economia circular, não param de surgir inovações em todos os cantos do mundo. Selecionamos algumas delas para ilustrar como a sustentabilidade e a economia circular podem trabalhar juntas, inclusive no Brasil.
Das ideias mais malucas às tecnologias de ponta, aqui estão 10 novidades desse conceito que ajuda a impulsionar o desenvolvimento sustentável:
1- Trocafone (Brasil)
A gente não podia ficar de fora desta lista, já que Trocafone é uma startup baseada na economia circular. Aqui, depois de passar por um rigoroso processo de qualidade antes de chegar ao consumidor, os aparelhos reprovados em nossos testes têm as peças ainda funcionais reaproveitadas em outros aparelhos. Essa foi a maneira que encontramos para ressignificar o consumo. E os materiais que não podem ser reaproveitados em nossa operação, os considerados lixo eletrônico, são enviados para reciclagem, fechando um ciclo de redução, reutilização e reciclagem de materiais e energia. Saia de celular novo e ajude o meio ambiente com a gente: www.trocafone.com
2- Instituto Ecosurf (Brasil)
Fundado nos anos 2000, em Itanhaém, litoral Sul de São Paulo, o Ecosurf promove atividades de engajamento social e despoluição de praias, mas, mais do que isso, o instituto atua com economia circular, recuperando resíduos em áreas de passivo ambiental e reinserindo esses materiais na cadeia produtiva com a criação de produtos não descartáveis. Tudo com a intenção de fortalecer ações de limpeza do ambiente. Legal, né? Saiba como ajudar: ecosurf.org.br
3- Boomera (Brasil)
Esta Clean Tech brasileira de economia circular resolve desafios de resíduos complexos pós-consumo, como transformar lixo em novos produtos por meio de tecnologia, design e cooperativas de catadores. Além de incentivar a economia circular, a startup retira cerca de 60 mil toneladas de lixo por ano do meio ambiente. Descubra outros projetos em: boomera.com.br
4- Farfarm (Brasil)
A indústria têxtil causa um impacto enorme no meio ambiente. Para mudar esse cenário, a Farfarm busca reduzir o aquecimento global incentivando a floresta em pé, o consumo consciente e a geração de green jobs, comercializando tecidos de fibras sustentáveis brasileiros de terceiros e de produção própria. Atuando na geração de fibras naturais por meio de sistemas agroflorestais que ajudam a regenerar o planeta, a empresa cria um ciclo positivo para o consumo da moda. Descubra em: farfarm.co
5- Fazenda Cubo (Brasil)
Uma fazenda indoor que cultiva hortaliças em ambiente controlado e sem uso de agrotóxicos. Essa é a premissa da Fazenda Cubo, loja onde é possível comprar direto do local de produção, uma forma única de evitar o transporte por caminhões, zerando o desperdício no transporte, a emissão de CO2 na cidade e recebendo os produtos mais frescos possíveis. Segundo eles, o circuito fechado de irrigação consome até 90% menos água que a agricultura convencional, uma economia e tanto para quem se preocupa com detalhes importantes do próprio alimento.
6- Growpack (Argentina)
Uma startup argentina está transformando compostos orgânicos em biomaterial para produção de embalagens. A principal matéria-prima usada por esta startup é um dos grandes rejeitos da indústria agrícola: a palha do milho. Com isso, a empresa consegue economizar 80% de água, 25% no uso de energia para produção de papelão e reduzir 50% nas emissões de gás carbônico. Ainda sem site.
7- Cyclic Design (Alemanha)
Acabar com embalagens de uso único. Essa é a missão da Cyclic Design, que desenvolveu as Nepenthes, garrafas reutilizáveis com um design exclusivo, feitas com um biopolímero reciclável e que podem preenchidas com condicionador, xampú ou sabonete líquido. As embalagens alemãs foram pensadas para atender a um crescente mercado de lojas sem embalagens, uma tendência que tem conquistado a Europa nos últimos anos. Confira o trabalho da startup criada em Leipzig, na Alemanha: nepenthes.eco
8- Excess Materials Exchange (Holanda)
Criada na Holanda, esta plataforma de troca ajuda pessoas, empresas e governos a canalizarem o excesso de materiais e resíduos para outras empresas que podem dar a eles um diferente fim. Funciona assim: a plataforma faz uma correspondência digital que identifica opções de reutilização de alto valor para materiais em excesso ou lixo que uma empresa produz. Qualquer material, componente ou produto pode ser trocado. De acordo com eles, as empresas conseguem reduzir sua pegada ecológica em até 60%. Veja mais em: excessmaterialsexchange.com
9- Pixies Urban Lab (Itália)
A startup romana cria soluções para cidades autônomas e desenvolveu um pequeno exército de catadores autônomos (leia robôs), capazes de varrer ambientes urbanos coletando lixo e identificando materiais plásticos para serem levados para reciclagem. Os robôs, feitos de materiais recicláveis por meio de uma impressora 3D, se movem por meio de energia solar. Confira: pixiesurbanlab.com
10- MarinaTex (Inglaterra)
Imagine se todas as embalagens usadas desaparecessem em apenas seis semanas. Pois bem, esse sonho circular está mais perto da realidade graças à MarinaTex, que desenvolveu um bioplástico sustentável a partir de algas e sobras de peixes. Ao aproveitar os resíduos da indústria pesqueira para fazer uma alternativa orgânica aos sacos plásticos descartáveis, a empresa criada pela inglesa Lucy Hughes consegue usar lixo orgânico de uma forma inusitada e sustentável. E o melhor: os sacos plásticos da empresa não têm odor de peixe. Conheça em: marinatex.co.uk
Muito bom os post e comparações