Após muitas polêmicas e alguns adiamentos, o selo de verificação do Twitter foi retirado das contas de perfis oficiais. A promessa de remoção já havia sido feita há meses, logo após a primeira aparição pública de Elon Musk como proprietário da plataforma. 

Atualmente, o Twitter apresenta três selos, o dourado, o cinza e o azul. O dourado é utilizado em perfil empresarial ou comercial oficial na plataforma. O cinza é reservado a comunicações governamentais, tais como embaixadas e perfis de chefes de Estado. 

O azul, e o mais comum entre eles, é usado em contas pré-existentes que passaram a assinar o Twitter Blue. Apesar de o selo azul já ter sido usado anteriormente, a verificação dos critérios não acontece pelos mesmos mecanismos que eram utilizados até novembro de 2022.

No Brasil, que tem a quarta maior base de usuários do Twitter no mundo, a notícia gerou bastante discussão, e muitos famosos já perderam o seu selo de verificação. Confira as principais mudanças que aconteceram até agora. 

Como funcionava o selo de verificação azul

O selo de verificação azul do Twitter funcionava como uma validação do perfil. A função, disponibilizada em forma de um ícone azul do lado do nome do usuário, indicava que determinada conta era realmente gerenciada por aquela pessoa pública, e não era uma página de fã clube não autorizado ou uma conta fake. 

Para ganhar o selo azul, era necessário atender a três requisitos. A conta precisava ser:

  1. Notável;
  2. Autêntica;
  3. Ativa.

Ao contrário do que muita gente pensa, um perfil notável precisa, necessariamente, ter milhares de seguidores ou ser administrado por alguma personalidade famosa. Uma conta notável é aquela que, segundo critérios da própria plataforma, desperta interesse geral do público

Nessa categorização, de acordo com as regras antigas para a concessão do selo de verificação do Twitter, poderiam ser habilitados perfis de:

  • governos, representantes governamentais e entidades oficiais;
  • veículos de imprensa e jornalistas credenciados;
  • organizações e grandes empresas;
  • instituições esportivas, clubes e atletas;
  • artistas, diretores, profissionais e empresas de entretenimento, como redes de televisão, estúdios de cinema e produtoras de música; 
  • ativistas, pessoas influentes ou organizações que não se encaixam nas categorias anteriores, mas que usam o perfil como canal informativo de conscientização.

A autenticidade podia ser comprovada por meio de três métodos de verificação de identidade. O mais utilizado pelas contas de empresas era o envio da URL do website oficial, seguindo pela apresentação de um domínio de e-mail pertinente às categorias disponibilizadas pelo Twitter. Para pessoas físicas, a opção mais popular era o encaminhamento de um documento oficial com foto, emitido pelo governo local. 

O terceiro e último pré-requisito para conquistar o selo de verificação do Twitter era relativo à manutenção das atividades na conta. O perfil precisava ter um endereço de e-mail e número de celular, apresentar nome completo e foto de perfil e ter usado a plataforma nos últimos seis meses.

Usuários bloqueados devido a penalidades por infringir as regras do Twitter nos seis meses anteriores ao pedido tinham suas solicitações negadas, e era necessário esperar 30 dias para fazer outro requerimento.  

Esses critérios mudaram no dia 9 de novembro de 2022, quando o Twitter foi comprado pelo empresário Elon Musk. A partir daí, foram criadas novas regras, como mostraremos a seguir. 

O detalhes do Twitter Blue

Printscreen do perfil de Elon Musk no Twitter

A partir de abril de 2023, apenas os assinantes de Twitter Blue passaram a ter acesso ao selo azul, e os usuários de contas notáveis que não contrataram o pacote estão tendo seus selos removidos sem aviso prévio.   

Os critérios de elegibilidade do selo mudaram. A conta, que anteriormente deveria ser notável, autêntica e ativa, deve ser:

  1. Completa, com exibição de nome e foto de perfil;
  2. Segura, apresentando um celular de segurança confirmado;  
  3. Ativa a pelo menos 30 dias, tempo mínimo exigido para a assinatura do Twitter Blue;
  4. Não enganosa, sem alterações recentes de foto de perfil, nome de exibição ou de usuário; 

Para quem ainda não conhece, o Twitter Blue é o pacote de assinatura paga do Twitter. Em maio de 2023, a mensalidade sai a US$ 11/mês ou US$ 114,99/ano para usuários de iOS e US $8/mês ou US$ 84/ano para os demais cadastrados. O plano, segundo a plataforma, dá acesso a serviços e recursos exclusivos além do selo de verificação azul, como:

  • Limite de até 4.000 caracteres para os tweets, e não apenas os 280 permitidos nas contas tradicionais; 
  • Pastas para agrupar e organizar de itens salvos;
  • Redução de 50% dos anúncios nas timelines; 
  • Edição de Tweets originais e Tweets com comentários por uma janela de 30 minutos;
  • Personalização de foto de perfil em NFT
  • Adicional de segurança através da autenticação em duas etapas, via SMS;
  • Carregamento de vídeos mais longos, com até 60 minutos de duração e 2GB; 
  • Navegação customizada, que permite escolher entre 2 e 6 itens para serem exibidos na barra de navegação para acesso rápido; 
  • Aumento do alcance das postagens, que terão prioridade em conversas e pesquisas. 

Para solicitar uma assinatura no Twitter Blue é preciso que o perfil tenha sido criado há pelo menos 30 dias. A plataforma afirma que as solicitações são analisadas o mais rápido possível, e que a resposta sobre a concessão do selo de verificação do Twitter é dada em aproximadamente 30 dias. Acesse o blog da Trocafone e veja outras novidades sobre o mundo da tecnologia!

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