A sustentabilidade, diferentemente do que muita gente pensa, não leva em conta apenas as questões relacionadas à natureza. Para que a Copa 2022 seja considerada sustentável, é preciso que ela seja ancorada em três pilares, o ambiental, o social e o econômico.
Durante este conteúdo, vamos mostrar como o Qatar tem se preparado para poder sediar o maior evento esportivo do mundo sem deixar de lado as preocupações com o meio ambiente. Confira!
Mudanças na edição anterior
Em 2018, na Copa da Rússia, a FIFA já havia desenvolvido um programa de compensação de carbono para minimizar os efeitos de gases causadores do efeito estufa, como o gás carbônico.
Além da redução na produção de CO2, em relação à competição sediada no Brasil, a edição russa contou com investimentos sustentáveis direcionados à eficiência no uso da água e da energia. Foi a primeira vez que a federação exigiu a chamada “certificação verde” para a liberação dos estádios.
As avaliações das 12 arenas levavam em consideração a presença de sistemas de captação e reaproveitamento de água da chuva, medidas de otimização energética e padrões de construção ecológica. Para 2022, outros padrões foram incluídos no planejamento, como veremos a seguir.
O compromisso com a sustentabilidade na Copa 2022
Os organizadores da Copa 2022 assumiram o compromisso de anular o impacto da produção de gases do efeito estufa, principalmente o CO2. Algumas medidas já foram tomadas pelo Qatar desde os primeiros projetos relacionados ao evento.
Para armazenar o carbono e evitar que ele se espalhe, o país construiu o maior viveiro de árvores e grama no deserto. O processo de contenção de gases pode levar de 200 a 300 anos para ser completo, mas o início dos trabalhos na fazenda já é um grande avanço. Confira outras iniciativas do programa de sustentabilidade da Copa.
Compensação ambiental
De acordo com o Comitê Organizador, a Copa 2022 deve gerar em torno de 3,63 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Dentro dessa estimativa, as emissões consideradas inevitáveis serão compensadas com conversões nos créditos de carbono certificados internacionalmente.
Ainda segundo a instituição, os dados oficiais só serão divulgados após o encerramento do evento, mas os objetivos do Comitê já foram traçados. Além de ter estádios, centros de treinamento, hotéis e prédios sustentáveis, os organizadores pretendem monitorar a poluição do ar e compensar as emissões de gases de efeito estufa.
Os projetos de construção e de transporte priorizam o uso de energia renovável, disponibilizada pela usina de energia solar de 800 megawatts para abastecer as instalações. Depois da Copa, a usina continuará funcionando no Qatar.
Logística
Todo grande evento exige uma organização logística muito bem arquitetada. Especialmente quando há a intenção de diminuir a emissão de gases, como no caso da Copa 2022, essas operações devem ser traçadas com um cuidado ainda maior.
A maior distância entre os oito estádios da competição é de apenas 75 quilômetros. Dessa forma, as comissões técnicas e jogadores não precisarão de aviões entre as partidas, reduzindo o tráfego aéreo do país.
Com a eliminação da necessidade de aeronaves, o Comitê Organizador do Qatar programou deslocamentos feitos de ônibus elétricos e metrôs.
Controle de temperatura
A região do Qatar apresenta temperaturas bastante elevadas, fato que influenciou não só a construção dos estádios como também a própria escolha da data da competição. Normalmente, a Copa é marcada entre junho e julho, meses muito quentes no Qatar.
Para evitar problemas de adaptação entre os jogadores, o evento acontece entre os dias 20 de novembro e 18 de dezembro. Apesar de as temperaturas serem um pouco mais amenas nesse período, ainda existe a preocupação com a climatização.
Os estádios da Copa 2022 contam com sistemas de resfriamento ecologicamente corretos. Com o uso de tecnologia sustentável, a arquitetura permite a preservação da temperatura de forma natural, sem a necessidade de ventilação artificial.
Construção e manutenção dos estádios
Dos oito estádios que serão usados na Copa, sete deles foram construídos para o evento, e o oitavo foi todo reformado. A organização afirma que as estruturas são alimentadas por painéis de energia solar, possuem baixo consumo de água e são rodeadas por áreas verdes.
O espaço usado para as construções foi reduzido para que, quando o mundial terminasse, os equipamentos e os materiais pudessem ser doados para instituições esportivas. Parte das arquibancadas do Al Rayyan Stadium e do Al Bayt Stadium, que comportam 40 mil e 60 mil pessoas, respectivamente, será removida e destinada a outros projetos.
Outras arenas serão remodeladas para dar lugar a hospitais, centros comerciais e escolas, deixando um legado positivo para a população após a Copa. Para saber se todas as promessas serão cumpridas, continue acompanhando os artigos no Blog da Trocafone! Você pode acessar as novidades da Copa 2022 e saber tudo que acontece no mundo da tecnologia. Esperamos você!