Você sabe o que é obsolescência programada? Esse fenômeno vem sendo observado desde o início do século XX, e está cada vez mais presente no cenário tecnológico atual. 

Provavelmente, você já ouviu seus pais ou seus avós comentarem que “antigamente, os produtos tinham mais qualidade, duravam mais”. A frase pode parecer apenas uma opinião, mas essa realidade é verdadeira. 

Os eletrodomésticos e os eletrônicos são fabricados com componentes que diminuem seu tempo de vida útil. Com menor durabilidade, há necessidade de comprar essas peças com mais frequência. 

A demanda pelo descarte dos itens antigos, sem funcionamento ou obsoletos, é chamada de “obsolescência programada”. Sua principal consequência é o impacto ambiental negativo.

Durante este conteúdo, vamos mostrar o que significa obsolescência programada, quais são os efeitos que ela causa e como minimizar esses danos. 

O que é obsolescência programada

A cada dia, surgem novos avanços na área de tecnologia e, com isso, os mecanismos anteriores se tornam obsoletos, desatualizados.

São diferentes opções de funcionalidades e designs, estimulando o desejo dos consumidores em busca dos últimos lançamentos. 

Essa forma de produção é alimentada pelo sistema capitalista, que visa aumentar o consumo e movimentar o andamento da economia. 

Como objetivo de vender um número maior de mercadorias, os fabricantes produzem seus artigos com materiais menos duráveis, fazendo com que tenham que ser substituídos de tempos em tempos. 

Existem algumas maneiras de conceituar o que é obsolescência programada, mas todas essas formas são igualmente problemáticas, do ponto de vista financeiro e ecológico. 

Exemplos de obsolescência programada:

  • Redução da capacidade técnica: lâmpadas que duravam em média 1.500 horas passaram a funcionar por apenas 1.000 horas; 
  • Obsolescência psicológica: o consumidor possui um aparelho eletrônico que ainda está funcionando, mas é levado pelas propagandas a comprar outro produto mais novo, com funcionalidades atualizadas;
  • Equipamentos com limitações: obsolescência sistêmica em que produtos apresentam redução da capacidade em um tempo determinado. Um exemplo são os computadores que deixam de ser compatíveis com o sistema operacional. 

O lançamento de diferentes versões de um mesmo produto em um curto espaço de tempo é um dos artifícios mais evidentes da obsolescência programada. 

Através de campanhas publicitárias, as empresas tentam convencer os consumidores de que eles precisam daquela novidade – e , muitas vezes, essa tática é bem sucedida.

iPhone 5 e iPhone Pro Max representando a atualização das versões do mesmo produto na obsolescência programada.

Outro modo de colocar a obsolescência programada em prática é através da confecção de produtos com peças insubstituíveis

Alguns acessórios não são vendidos separadamente, o que dificulta o conserto dos aparelhos. As baterias não removíveis de íons de lítio também obrigam a compra de novo produto, em caso de defeitos. 

Para entender o que é obsolescência programada, é importante ressaltar que ela não está ligada, necessariamente, ao tempo de garantia cedida pelas empresas na compra dos produtos. 

A garantia é um compromisso que o fabricante assume de que aquela mercadoria vai entregar o desempenho prometido em determinado prazo. 

Isso não quer dizer que ele irá parar de funcionar depois desse período. Se armazenados e manuseados de forma correta, seu funcionamento tende a ser bem maior do que o da garantia. 

O prazo de vida útil em relação à obsolescência programada é pré-determinado pelo fabricante, mas não é informado ao consumidor.

As consequências da obsolescência programada

Um dos resultados da obsolescência programada é o prejuízo financeiro para os consumidores, que acabam gastando dinheiro de forma desnecessária. 

Mas esse não é o principal obstáculo. A obsolescência programada é uma das principais responsáveis por complicações ambientais irreversíveis, que também interferem nas mudanças climáticas. 

Segundo o E-Waste Monitor 2020, relatório da Universidade das Nações Unidas que mede os impactos ambientais globais, a quantidade de resíduos eletrônicos descartados no mundo cresceu 21% em um período de apenas 5 anos. 

Em 2021, foram mais de 52 milhões de toneladas de lixo eletrônico produzidas no planeta, e muitos desses objetos ainda teriam condições de serem utilizados por bastante tempo. 

Os materiais utilizados na confecção dos smartphones têm a presença de metais pesados, como níquel, bromo, cádmio e chumbo.

Quando entram em contato com o meio ambiente, essas substâncias favorecem a contaminação de lençóis freáticos e do solo. 

Para que esses componentes preciosos sejam recuperados, os produtos são queimados, gerando grande quantidade de fumaça. 

Além dos danos ambientais, o acúmulo de elementos tóxicos pode causar problemas na saúde das pessoas e dos animais. 

Como reduzir os danos ambientais

O primeiro passo para minimizar os impactos ao meio ambiente é saber identificar as origens do problema. 

Agora que você sabe o que é obsolescência programada e quais são as suas consequências,  você deve ter percebido que para contorná-la é preciso reunir esforços. 

É fundamental aliar ações individuais e empresariais. Os consumidores podem realizar algumas ações simples para reduzir as consequências da obsolescência programada:

  • Atualizar o sistema operacional do seu aparelho para corrigir falhas de segurança e garantir a compatibilidade de novos aplicativos;
  • Substituir os acessórios apenas quando for preciso. Alguns aparelhos acendem alertas para que o consumidor efetue a substituição de peças, como no caso das impressoras. Além de seguir as instruções do fabricante, é preciso verificar a urgência da troca;
  • Avaliar a necessidade de um novo produto. Analisar se é imprescindível comprar outro aparelho ou se existe apenas um desejo de adquirir um modelo mais novo e moderno; 
  • Fazer manutenções periódicas no aparelho. Para que os materiais eletrônicos durem o máximo possível, é importante realizar atualizações de sistema e tomar cuidados com as formas de higiene e de armazenamento;
  • Investir em produtos duráveis. Procurar marcas conhecidas por fazer peças mais resistentes, sem a demanda por atualizações constantes.

Outra dica importante para o consumidor é lembrar sempre do “esquema de 3 R”: Reparar, reciclar e reutilizar.

Isso significa arrumar os produtos para que não sejam jogados fora. Caso tenham que ser descartados, é preciso fazê-lo no local adequado. 

Para incentivar a reutilização e combater os danos ambientais, algumas empresas vêm adotando modelos de negócios mais sustentáveis, chamados de recommerces.

Eles fazem o reaproveitamento de recursos e incentivam a economia circular, evitando o descarte precoce de produtos em boas condições de uso. 

A Trocafone é um recommerce que tem compromisso com a sustentabilidade, permitindo que um número cada vez maior de pessoas tenha acesso à tecnologia, sem deixar de lado o estilo de vida consciente. 

Respeitando a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), damos destino a milhares de aparelhos que seriam descartados ou ficariam parados em uma gaveta dentro de casa. 

Nossa equipe técnica trabalha com processos minuciosos e com revisões rigorosas, garantindo que todos os celulares e tablets estejam em perfeitas condições de uso quando chegarem até o consumidor. Depois de concluir a leitura sobre o que é obsolescência programada, confira, também, 10 dicas para você transformar o mundo sem sair do sofá e faça sua parte na construção de um mundo mais sustentável.

Comprar? Trocar? Vender? Com a Trocafone, você pode!